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MINISTÉRIO CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE DEUS (2Pe 3.18)

a hora e o tempo hoje...



*Namoro, Noivado, Casamento e Sexualidade á luz da Bíblia*
*Família, Primeiro projeto de Deus para a vida do Homem*
*Terapia para Casais, Relacionamentos Conjugais*
*O Coração do Homem - O campo de Batalha onde tudo Começa” - *Batalha Espiritual* (BREVE)
*O Cristão, o Sexo e a Sexualidade* (BREVE)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Discurso de formatura dos Bacharéis em Teologia



















Orador:
Carlos Antonio Santos de Novais
Bacharel em Teologia

Boa noite a todos os amigos presentes. Paz seja convosco.

TEMOS A HONRA DE COMPOR A MESA SOLENE:
O Presidente do ITCEU: Bp. JAIR BRUNO
Coordenador do ITCEU: Pr. GEORGE PONTES
Patrono do Médio: Prª. TEREZA LOBO
Paraninfos do Bacharel: Sr. PASCOAL E CELICE MÔNACO
Homenageado: Sr. ELIAS BORGES (Presidente do Conquista Futebol Clube)
Amigos da Turma: Vice Presidente da COMEC – Pr. JOSÈ BARBOSA
Preletor: Sr. GIDEON ALMEIDA
Reitora do ITCEU: Bpª. Doutora: JOYRA BRUNO


Representando os formandos desta turma de Bacharéis em Teologia do Instituto Teológico no Centro Evangelistico Urbano de Vitória da Conquista - Bahia, gostaria de começar tentando definir o que significou para nós participar desse curso durante árduas anos.
O que nos moveu a fazer a inscrição e, durante longo período, cumprir a grade curricular programada, sob a orientação dos pastores - Bpª. Drª. Joyra Bruno, Bp. Jair Bruno, REITORA E PRESIDENTE respectivamente, bem como o corpo docente desta Instituição de Ensino teológico – o ITCEU.
Penso que, para cada um, essa foi à manifestação do desejo de aprender mais das Sagradas Escrituras, buscando uma medida maior de revelação sobre o nosso Senhor Salvador Jesus Cristo, e o Seu propósito eterno, a fim de conhecermos a Sua vontade e andarmos nela, como disse o Apóstolo São João no seu Evangelho “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim”. (5:39).
Haja visto que, este exame proferido pelo própria Jesus Cristo, conduzi-nos a um conhecimento, que se dá exclusivamente por meio de uma auto revelação, -- e “Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério de sua vontade, pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina”.
Quisemos avançar nos estudos escriturísticos porque, pela operação do Espírito Santo, entendemos que é na Bíblia que o Eterno Pai revela aos Seus eleitos Seus insondáveis juízos e caminhos.
E Sola Scriptura, como disseram os reformadores – só a Escritura, possui autoridade suprema e constitui-se a Palavra de Deus viva, eficaz e Infalível, apresentada àqueles a quem o próprio Senhor ilumina instruindo-os na verdadeira santidade que o Evangelho produz.
E aí, entendemos como disseram os reformadores – SOMENTE A BÌBLIA POSSUI AUTORIDADE NORMATIVA PARA A IGREJA.
De fato, como disse Watchman Nee, “toda experiência espiritual verdadeira é resultado de uma revelação daquilo que está escrito” (A vida cristã normal, Ed. Tesouro Aberto).
O progresso no andar com Deus é o fruto da obra do Espírito Santo em tornar nossa experiência subjetiva em fatos objetivos, todas discriminadas na Palavra Escrita, que tem o poder de mudar vidas, transformando o logos em rhema.
A autoridade suprema das Sagradas Escrituras e sua imprescindibilidade para o verdadeiro progresso do homem espiritual merecem relevo especial em nossos dias.
O liberalismo teológico, concepção entenebrecida pelo racionalismo e subserviente ao que a humanidade chama de ciência, a qual nega a inerrância e a infalibilidade da Bíblia.
Por outro lado, o emocionalismo inunda crescente número de grupos evangélicos, iludindo-os com o apelo aos sentidos humanos e levando-os a práticas carentes do entendimento cristão que transformam igrejas em centros de promoção do bem-estar individual, crentes em freqüentadores de parques de diversões, ávidos pelo prazer da alma, à qual recusam a operação da cruz de Cristo tornando-se pessoas almáticas que são governadas, não pelo Espírito Santo, mas, por suas próprias almas – aqui entendida como emoções.
A tudo isso, se junta o relativismo da pós-modernidade, que, em nome da tolerância e da pluralidade, nega qualquer absoluto e faz cada homem seu próprio juiz, cada pecador justificador de si mesmo.
Aprender mais das Escrituras - significa para nós, alcançar uma medida maior de revelação sobre o nosso Senhor e o Seu propósito eterno – alvo sempre presente em nós e em toda pessoa regenerada que inquietante clama por mais e mais de Deus
É aquele mesmo anelo que levava Davi a exclamar: minh’alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmos 42.2). Ainda que recebamos Dele hoje, queremos mais. Não nos acomodamos, temos uma santa insatisfação – santa porque está reservada para ser integralmente suprida somente naquele Dia Glorioso – que concorda ardentemente com a conclamação de Oséias para que “conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Oséias 6.3).
Nas Letras Sagradas, podemos, ainda que de forma incipiente, por causa da nossa limitação, conhecer e tocar o eterno propósito do Criador. Perguntas que, durante toda a história da humanidade, consumiram vidas inteiras de homens reputados sábios, porém sem que chegassem a conclusões que aplacassem suas inquietações, pois os mesmos sempre procuraram em inúmeras fontes espúrias, respostas que estavam patentes em um único livro – A PALAVRA DE DEUS.
Para que foi criado o Universo? O que é e para que existe o homem? Qual o destino final de todas as coisas? A história obedece a uma progressão de eventos predeterminados para um fim preestabelecido?
É no Documento Celestial, elaborado segundo um método antropomórfico, isto é, o intangível pensamento divino adaptado à linguagem terrena para que se adaptasse à diminuta capacidade de compreensão humana.
No livro do profeta Jeremias, cap. 20, verso 7, está escrito “TU ME SEDUZISTE, SENHOR, E EU ME DEIXEI SEDUZIR. FOSTE MAIS FORTE DO QUE EU E VENCESTE”. Diante deste texto e do momento que estamos vivendo, sinto que ele fala de forma muito direta a todos nós formandos da 2ª Turma do Curso de Bacharéis em Teologia e 3ª Turma do Médio em Teologia do Seminário Teológico no Centro Evangelistico Urbano, pois fomos seduzidos pelo Senhor.


E o que isso representa para nós?
Representa que a nossa vocação é antes de mais nada, um caso de sedução !
Fomos seduzidos para servirmos no reino de Deus;
Fomos seduzidos para fazermos diferença na vida das pessoas;
Fomos seduzidos para sermos divulgadores do seu amor, da sua graça e das suas misericórdias;
Enfim, Fomos seduzidos para anunciarmos ao mundo que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador.

Assim sendo, fica uma pergunta a todos os formandos nesta noite: O QUE DEVEMOS SER ?

Parafraseando um Pastor amigo meu da Igreja Evangélica Assembléia Vivas Com Deus, Pastor Gilmar dos Santos Silva, eu diria que devemos ser PASTORES, no sentido mais AMPLO DA PALAVRA.

PASTORES: Mesmo que todos nós tenhamos outros adjetivos, o que todas as pessoas devem ver em nós é a figura DO PASTOR. O que devem então impulsionar o nosso MINISTÉRIO é a nossa ação PASTORAL. É o sofrer com o povo e pelo povo; É colocar a nossa vocação a serviço das nossas comunidades, mesmo em meio a lutas, dificuldades e privações.
É O CUIDAR DAS OVELHAS QUE HOJE ESTÃO COMO SEM PASTOR.

ALÉM DISSO, DEVEMOS SER PROFETAS.

Desta forma, todos aqueles que conviverem conosco devem ver em nós a túnica do profeta. O profeta é aquele que tem a visão da História, a visão do seu tempo, da sua época.
Que sabe ler os sinais dos tempos e por ter a capacidade deste olhar que transcende os horizontes mesquinhos da maioria das pessoas, é muitas vezes incompreendido.
Ele chora, Ele não é bem aceito e muitas vezes ele, esse PROFETA, tem que entregar a sua própria vida, por causa daquilo que crê.
A partir de agora temos a missão do profeta, de denunciar a injustiça enquanto ato profético contra todo o sistema estrutural e individual que corrompe, deturpa e oprime a criação de Deus, mas também de anunciar a educação na justiça, para que, RENEGADO O EGOÍSMO HUMANO, vivamos neste mundo de maneira mais sensata, justa e piedosa, aguardando a BENDITA VOLTA DE CRISTO.
DEVEMOS TAMBÉM SER POLÍTICOS.

E políticos aqui, não tem nada a ver com o que temos visto por aí, mas políticos na visão daqueles que são apaixonados pela arte de fazer o bem.
O PASTOR – O PROFETA – O POLÍTICO TEM QUE MOSTRAR A DIMENSÃO DA FÉ NA PRÁTICA DO DIA A DIA.
E essa fé não exclui, mas tem que se alimentar e se inspirar na própria vida e na paixão que o PROFETA tem por aqueles que sofrem e que necessitam do seu auxílio. Por isso, todos nós FORMANDOS não podemos perder de vista a função POLÍTICA NO NOSSO MINISTÉRIO. É preciso estar atento para que a nossa atuação esteja cada vez mais voltada para que a vida vença os círculos de MORTE DENOMINACIONAL EXCLUSIVISTA DO NOSSO TEMPO.

E POR FIM DEVEMOS SER POETAS...
E fazer poesia através das nossas vidas. Há um poeta moderno que diz que o nosso mundo não precisa só de PÃO, mas também de beleza.
PÃO E BELEZA devem casar-se com as nossas VIDAS e MINISTÉRIOS.
Pão e beleza devem casar-se numa visão PASTORAL - PROFÉTICA – POLÍTICA E POÉTICA com aqueles que tanto necessitam de uma vida mais alegre e justa.
PROFETAS DO PÃO E DA BELEZA !

Que todos nós possamos olhar para o futuro como PASTORES – PROFETAS – POLÍTICOS –
E POETAS.

EIS O NOSSO DESAFIO!

O ITCEU foi à realização de um sonho, sonhado por poucas pessoas num tempo oportuno, cuja realização alcançou um número mui elevado de pessoas, a semelhança de José do Egito, que sonhou sozinho para salvar uma grande multidão de fome, nesse caso do ITCEU, de fome de conhecimento.
Portanto, o ITCEU, foi uma bondosa providência de Deus para o pedido de inúmeros líderes eclesiásticos, líderes estes que, enfrentaram o preconceito arcaico cristão e passaram a enviar seus liderados para uma escola de profetas, para que estes estudassem e compreendessem a Palavra de Deus – E hoje constatamos o crescente número de pessoas que se matriculam nesta Instituição de Ensino Teológico, pessoas que se matriculam com até um ano de antecedência, haja visto a grande procura.
Mas, esta colação de grau, não pôs – e nem poderia pôr – fim ao clamor de nosso espírito para que o Pai da glória nos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do nosso entendimento, para que saibamos qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos e qual a sobre excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder (Efésios 1.17-19).
E esse clamor dentro de nós tem um fim absolutamente prático. Não se trata de meramente buscar saber mais, acumular informações para satisfazer a própria curiosidade ou servir à vaidade. Não. Quisemos e queremos aprender para conhecer a vontade daquele que nos “...nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor," Colossenses 1:12-13.
A finalidade é a aplicação da Palavra em nossas vidas. Ouvir e praticar, como ensinou Tiago, o apóstolo (Tiago 1.22); ser sábios como o construtor que edificou sua casa sobre a rocha, assegurando-a, assim, da ameaça da tempestade (Mateus 7.24-25).
Como disse John Stott:
“...precisamos considerar que a Bíblia é um livro perigoso de se ler, e que a igreja é uma comunidade perigosa de se juntar, pois na leitura da Bíblia ouvimos as palavras de Cristo, e quando nos filiamos à igreja, dizemos que cremos em Cristo. Como resultado, pertencemos a um grupo descrito por Jesus como aqueles que ouvem os seus ensinamentos e o chamam de Senhor. Nossa filiação, portanto, coloca sobre nós a séria responsabilidade de garantir que aquilo que sabemos e dizemos está sendo traduzido no que fazemos.” (Contracultura Cristã, pág. 222)
Assim procedendo, chegaremos ao modelo recomendado por Paulo a Timóteo: obreiro aprovado, que não tem de que se envergonhar e que maneja bem a Palavra da verdade (2 Timóteo 2.15); estaremos, como quis Pedro, sempre prontos para responder com mansidão e temor a qualquer que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pedro 3.15).
E como há campo para novos obreiros; como o mundo necessita de homens e mulheres que dêem respostas dos céus! Ainda ecoam as palavras de Cristo, que, com compaixão, olhou para a multidão e observou o drama de uma enorme seara com poucos ceifeiros. “Rogai ao Senhor da ceara”, disse Ele. No grego, o verbo aqui traduzido como rogar é deomai, que transmite a idéia de suplicar, pedir com humildade e insistência. “Rogai ao Senhor da ceara que mande mais ceifeiros à Sua seara” (Mateus 9.37, 38). Hoje se cumpri na vida desses formandos esta palavra, pois cremos que estes são os novos ceifeiros – rogados pela Igreja e enviados por Deus, o dono da Seara.
Finalmente, estamos certos de que esta solenidade, além de uma celebração de agradecimento a Deus, é apenas uma cerimônia de encorajamento, de incentivo a continuarmos nesse caminho. Nada mais, nada que possa nos fazer sentir maiores ou dar lugar à vanglória. Estamos conscientes de que, como todos os nossos irmãos, sempre seremos alunos na escola de Cristo, o Grande Mestre. E quão felizes somos por isso! É a nossa segurança de que Ele continuará a nos ensinar, garantindo também o aprendizado. Afinal, aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo (Filipenses 1.6).

Por isso, nos apresentamos em humildade perante nossos queridos irmãos, como servos, pedindo-lhes que orem por nós, corrijam-nos e, principalmente, nos amem com o amor que vem do alto. Estejam certos todos os presentes que é com temor e tremor que estamos aqui. Sabemos quão fracos somos, mas confiamos naquele que usas as coisas fracas para confundir as fortes, as tolas para confundir as sábias, os que não são para confundir os que são (1 Coríntios 1.27-28). E, dessa forma, Ele exalta o Seu poder.
Agradecemos aos nossos pastores; e Professores deste Instituto de Ensino Teológico, A Reitora Doutora Bpª. Joyra Bruno, aos excelentes professores e colaboradores do ITCEU desta região, haja visto, termos outras espalhadas nalgumas cidades.
Fazemos menção especial aos professores do BACHAREL EM TEOLOGIA: PR. ZWINGLIO ALVES RODRIGUES; NEI FREITAS; PRª. TEREZA LOBO; PR. DAVID SILVA; PR. JOSÈ BARBOSA; HERMERSON; MISSª. MÀRCIA; PRª. DOUTORA JOYRA BRUNO; PR.JAIR BRUNO, dentre outros que nos abrilhantaram com ensinamentos de extrema qualidade.
Também nos lembramos com carinho de nossos familiares, sempre participantes de nossa história, e dos irmãos de nossas igrejas.
E eu, em particular – faço menção especial a quatro pessoas que contribuíram de forma primordial para que eu estivesse hoje aqui – e gostaria por gentileza, que estes ficassem de pés, na medida em que forem citados.
A minha digníssima esposa, que me ajudou muito durante este período em que eu estava estudando, pela compreensão dispensado á minha pessoa e por ter confiado em mim.
Ao Pastor Gilmar dos Santos Silva, a quem tive a honra de parafrasear nesta noite e que durante minha infância com Cristo, soube cuidar de mim, me ensinando os oráculos de Deus, e sendo um formador de caráter exemplar e ter me suportado durante minha adolescência, coisa que só um destemido homem de Deus pôde tolerar.
Ao Pastor Clemente José de Araújo e sua digníssima esposa Missª. Léia, por terem reconhecido o chamado que Deus tem em minha vida, me consagrando ao ministério em Novembro de 2001. Além do mais, foram pessoas que souberam me acolher juntamente com a minha família num momento de dificuldades. Que Deus lhes dê em tliplo, tudo quanto fizeram por nós.
Ao Pb. Marcos Tadeu Almeida Arruda (Concunhado), que foi instrumento de Deus para pregar o Evangelho para mim, e ter me ganho pra Cristo.
Louvamos e bendizemos a Deus, nosso Pai; a Cristo, nosso Mestre; e ao Espírito Santo, nosso doce Guia. Pedimos ao Senhor que permita-nos, como Maria, estar aos Seus pés, ouvindo Suas Palavras e vendo Sua vida manifestar-se em nós cada dia mais e mais.

Muito obrigado.

Em 09 de Maio de 2008
No templo da 2ª igreja Batista de Vitória da Conquista – Bahia
Av. Lauro de Freitas, nº - Centro